Nos últimos anos, com o desenvolvimento cada vez mais veloz de tecnologias inovadoras, a criação de softwares e aplicativos capazes de atender às mais variadas demandas do mercado tornou-se uma necessidade. É fato que essas constantes evoluções implicaram no debate de questões que, por vezes, podem não ter sido discutidas com tanto afinco. E, atualmente, a segurança cibernética é uma dessas questões.
Buscando evitar quaisquer tipos de riscos, garantir a segurança e alinhar-se às necessidades de um mercado extremamente exigente, a segurança das soluções oferecidas pela Liferay sempre foi uma prioridade. Para continuar promovendo isso, a criação de um time especializado na prevenção de incidentes foi idealizada por Brian Chan, um de nossos fundadores.
Para conhecer a história desse time relativamente recente na Liferay e entender como funciona o cuidado com a segurança na área de TI, conversamos com quem sabe bastante sobre o assunto: Victor Tavares e Wagner Santana, líderes do time de Incident Management.
Wagner Santana está na Liferay desde 2021, assim como Victor Tavares e, juntos, eles lideram o time de Incident Management na América Latina. Wagner nos conta que o time surgiu a partir da percepção da necessidade de antecipar problemas que poderiam vir a ocorrer na plataforma Liferay na nuvem. Trabalho esse inicialmente realizado pela equipe de Cloud. Para que o time de Cloud pudesse focar no desenvolvimento de seus projetos, a saída ideal era a criação de uma equipe específica, cujo propósito era minimizar e evitar qualquer tipo de impacto que pudesse alcançar os clientes.
O time de Incident foi um projeto pensado em 2020 e tinha o propósito de funcionar na América Latina, de forma 24/7, mas somente em 2021 foi posto em prática.
O dia a dia dos bombeiros da Liferay
Para conhecer mais sobre esse time, Victor explica que Incident Management trabalha em escalas de turno distribuídas em 24h. Dessa forma, há sempre alguém online independente do dia - seja final de semana ou até mesmo madrugada. Ele conta que os sistemas da Liferay são monitorados por algumas ferramentas específicas e a equipe tem acesso direto a elas. Quando algo não está funcionando corretamente nos sistemas, o time recebe a notificação.
A partir disso, é feita uma análise para identificar o que está acontecendo, se é algo que precisa ser tratado, documentado ou escalado para resolução. A resolução pode ser interna, pelos times de engenharia da Liferay Cloud ou pelo cliente.
Em regras gerais, o time inspeciona problemas para que, no momento que eles ocorram, seja possível acionar com maior assertividade quem pode tratar aquilo da melhor forma. Apesar das explicações técnicas, Victor também gosta de oferecer uma descrição alternativa que elucida bem o trabalho de Incident Management: “É bem simples: nós somos os bombeiros”, ele ri. “A gente tem até uma logo com o Alloy, o mascote do mascote da Liferay [Sim, o nosso mascote tem um mascote], com um chapeuzinho de bombeiro”.
DevSecOps está evoluindo (e os profissionais também)
Wagner considera a área de DevSecOps um setor fascinante que abre portas e amplia o horizonte das pessoas. Mas… a pergunta que não quer calar, DevOps, DevSecOps e Incident Management, o que são? Existe alguma diferença? Onde vivem? De que se alimentam?
Victor explica de uma maneira sucinta: a área de DevOps é responsável por fazer o processo de entrega e testagem dos códigos elaborados por pessoas desenvolvedoras, garantindo que tudo funcione corretamente. Só que, no passado, a questão da segurança era tratada exclusivamente por uma equipe na etapa final do desenvolvimento; mas, agora, com a implementação de uma cultura mais ampla e intrincada nos ciclos de desenvolvimento, a segurança passa a ser uma responsabilidade pensada do início ao fim.
Com uma indústria que demanda constantemente soluções rápidas e assertivas, foi criado um meio termo para facilitar o processo e a promoção de entregas contínuas. Portanto, quando o Sec (de security, em inglês) é adicionado ao termo, significa que, além da ponte de DevOps, agora a visão de responsabilidade com a segurança é tida como prioridade dentro das próprias estruturas de desenvolvimento.
Wagner conta que o time de Incident Management é uma parte dessa cultura de DevSecOps, e funciona como uma espécie de porta de entrada para a área: “Essa atividade de monitoramento que fazemos é crítica para que possamos dar o retorno aos times de desenvolvimento ou infraestrutura sobre algum problema identificado". E as portas se abriram também para uma evolução profissional no próprio setor, afinal, essa área tem um fator especial para o time da América Latina.
Por ter sido criada do zero em 2021, foi montado um programa de treinamento que permitiu a contratação de profissionais com pouca ou nenhuma experiência. O crescimento do time ocorreu de maneira conjunta, e Victor e Wagner não podem deixar de perceber esse fenômeno com alegria.
Victor conta que muitos colaboradores entraram sem expertise técnica no micro setor de DevOps e coube a ele, como um dos responsáveis do time, fazer o onboarding. “A gente vê aquela pessoa que entrou com inseguranças e que, com o tempo, vai aprendendo o passo a passo da profissão. Quando essa pessoa pega o primeiro incidente dela e consegue fazer com um nível muito bom de aceitação, nós vemos a recompensa da parte dela. Só que eu também sou recompensado do outro lado quando vejo que a pessoa conseguiu chegar lá”, diz.
Wagner Santana compartilha de um sentimento semelhante: “É fantástico mostrar um mundo novo para essas pessoas e ver a empolgação e o interesse que elas sentem em se desenvolver na área de tecnologia da informação. A parte de formação desses profissionais tem um impacto muito grande. Vemos pessoas que estão, diariamente, sendo capacitadas, se desenvolvendo, aprendendo idiomas e nos apoiando nas atividades de gerenciamento de incidentes”.
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