Time to market acelerado, demanda constante por inovação e feedback contínuos são fatores que estão direcionando a rápida transformação na forma de entregar aplicações. A estrutura de colaboração e cocriação constante entre Desenvolvimento e Operações, potencializando a  especialidade de cada área, mostra que o DevOps é uma estratégia cada vez mais efetiva para este cenário.

Mas, afinal, o que de fato é DevOps?

O que é DevOps?

O conceito de DevOps – Development + Operation não é algo novo no mundo do desenvolvimento de software. Esta junção das duas palavras serve para indicar uma reunião das práticas de desenvolvimentos com as de operação, significando um fluxo contínuo sem hand-offs na entrega de um feature ou sistema.

Estratégia de DevOps: Dicas para obter sucesso

A prática do DevOps requer o tratamento de processos, cultura e habilidades do time dentro da empresa. "Essas três grandes áreas devem conviver em um mesmo ecossistema, automatizado e ágil", afirma Gustavo Alves, gerente de negócios da Pitang, empresa parceira da Liferay. Conheça os principais insights do especialista para o sucesso da estratégia DevOps:

1. Esteiras e monitoramento: fazer DevOps é criar esteiras automatizadas que vão do desenvolvimento até a produção de uma aplicação, com testes vinculados a cada uma das etapas envolvidas no caminho. "Um ponto fundamental também é identificar as variáveis de ambiente que precisam ser monitoradas constantemente como storage, tráfego e segurança", comenta Alves. 

2. Construção do time: quem optar pela estratégia do DevOps precisa contar com o suporte do time internamente para multiplicar as boas práticas. "Uma ação efetiva é criar uma equipe de facilitação, um grupo de coaching que vai implantando a cultura do DevOps em doses homeopáticas, reestruturando a equipe e dando vazão às demandas por automação", explica Alves.

3. Melhoria de processo em todas as áreas: é fundamental revisar os processos internos, comenta Alves. "Se a empresa demora meses para conseguir adquirir um hardware, por exemplo, isso mostra que não apenas as áreas de Desenvolvimento e Operações precisam ser mais ágeis. A empresa inteira precisa ser ágil e trabalhar de forma colaborativa e co-criativa", comenta.

4. Automatização e testes: "É necessário ter em mente o teste contínuo e automatizado. Sem ele, se formará o maior gargalo de toda a esteira do DevOps. É como se fosse uma esteira faltando os dentes que fazem ela andar", defende Alves. Isso vale tanto para testes unitários quanto para testes funcionais de caixa-preta, explica. Então, mesmo se a empresa possui maturidade zero de teste, dedicar tempo a esta disciplina vai garantir mais segurança e agilidade.

5. Patrocínio interno: a empresa que decide trabalhar com DevOps precisa definir quem será o dono do processo de implantação e ainda contar com o apoio de figuras centrais que sejam tomadoras de decisão para que as mudanças sejam realizadas com maior assertividade. "Como no DevOps é necessária a união entre o planejamento contínuo e desenvolvimento colaborativo, essa integração contínua entre áreas acelera todo o processo e precisa ser priorizada", destacou o gerente de negócios da Pitang.

Uma estratégia DevOps consistente implicará em mudanças de processo e de cultura na companhia, por isso, colaboração e cocriação são palavras-chave neste caminho. Se implantada com sucesso, contribuirá para os resultados especialmente reduzindo o time to market das aplicações desenvolvidas. 

Além disso, uma descoberta interessante sobre o modelo de DevOps foi feita recentemente por um estudo do Google: as organizações que usam nuvem híbrida ou multicloud são mais propensas a implantar as melhores práticas de DevOps e conjuntos de ferramentas. Isso acontece porque os líderes de TI que trabalham com nuvem acabam tendo um leque maior de ferramentas para utilizar dentro de sua estratégia de DevOps.